Posso fazer algumas perguntas antes de começarmos a falar sobre as lições de Steve Jobs sobre carreira:
- Você sabia que uma pesquisa recente do IBGE mostrou que no período de outubro a dezembro de 2014 havia 6,5 milhões de desempregados, e que no mesmo período do ano de 2015 esse número alcançou a marca de 9,1 milhões de pessoas sem emprego?
- Conhece alguém que esteja desempregado? Talvez seja o seu caso?
- Em algum momento da sua história de vida, já passou pela traumatizante experiência de não ter dinheiro para pagar as contas do fim do mês?
- Já se viu numa situação de depender de alguém para garantir o sustento da sua família?
Se sua resposta foi sim para pelo menos uma das perguntas acima você precisa conhecer uma história contendo 7 super lições de Steve Jobs e de quebra ainda conhecer a razão de existir do nosso site, o TopAdministrador.com.
Mas se sua resposta foi não, insisto que leia esse material mesmo assim para estar preparado, pois turbulências profissionais são mais comuns do que você pensa.
As Lições de Steve Jobs sobre carreira – Plano de Voo
Mas agora, preciso te fazer ainda outras duas perguntas:
- Você sabia que uma analogia é um exercício mental para comparar didaticamente a semelhança existente entre dois tipos de situação?
- Você já percebeu que um plano de carreira profissional e um plano de voo possuem grande a semelhança?
Um plano de voo é um processo carregado de muita responsabilidade, planejamento e cuidados com a segurança. Isso ocorre porque, na mais remota hipótese de erro, vidas poderão ser ceifadas.
Fazendo uma análise de uma carreira profissional de sucesso você verá que há muito planejamento, cuidados com a segurança da imagem pessoal e responsabilidade em tudo que se faz.
Portanto, usarei essa analogia do plano de voo para lhe contar um pouco da minha carreira profissional.
Então vamos começar.
2000 A 2003 – O PROJETO
Iniciei minha carreira aos 13 anos (Jan 1994) trabalhando como aprendiz em loja de autopeças, jardineiro, garçom e depois como repositor em um supermercado onde permaneci por 5 anos.
Em 2000, com 19 anos, eu havia alcançado um feito memorável para alguém com minha história de vida, minha idade e minha formação. Passara numa entrevista de emprego para uma vaga na área comercial (merchandising) de uma grande multinacional do ramo alimentício.
Apenas com a formação do ensino médio meu salário (com benefícios) era maior do que o dos meus pais.
Conduzido “coercitivamente” pelo meu chefe (a quem agradeço), tive de entrar na faculdade. Não queria que fosse desta forma, mas as minhas opções eram: ou entrava na faculdade ou seria demitido. Me convenci rápido.
Pensei meses sobre que carreira seguir e decidi então pela administração. Confesso que a decisão foi meio intuitiva, mas por sorte acertei.
Lição 1
A empresa na qual eu trabalhava havia se fundido com outras duas grandes empresas, uma multinacional, a GESSY LEVER e a brasileira ARISCO, ambas do ramo de alimentos. Nessa época eu ainda trabalhava na área comercial (operacional).
Ganhava bem para um formando em administração, tinha incontáveis benefícios, mas por causa da política de “meta a qualquer custo” da empresa e também pela inexistência de um plano de carreira causado pelas fusões, muita gente da área comercial estava insatisfeita.
Eu não era uma exceção e mesmo empregado decidi que era a hora de voar. O estresse no trabalho funcionou como um catalizador acelerando as mudanças.
2003 a 2004 – AS PRIMEIRAS TENTATIVAS DE VOO
Decidi por um plano de voo no qual minha meta era um cargo de gestor, minha oferta de mão de obra no currículo era a minha capacidade de gestão recém adquirida na faculdade, o problema era minha baixa experiência como gestor, mas não quis saber disso e ignorei o fato de nunca ter trabalhado numa função gerencial.
Sob o risco de ser demitido devido a um conflito com um cliente, iniciei uma busca por um trabalho na função de gestor (coordenação, supervisão ou gerencia), porém os “nãos” eram frequentes.
Perguntava-me o que havia de errado:
- Seria minha apresentação?
- Seria meu currículo que não era bom o suficiente?
- Faltava curso de inglês?
- Ou seria a faculdade que não era suficientemente boa?
Depois de perambular com currículos percebi uma grande semelhança entre procurar empregos e realizar uma venda. Tudo não passa de negociar a sua mão de obra.
Isso me abriu os olhos para o fato de que havia muita incoerência entre o “gestor” que eu tentava vender ao mercado e o gestor que eu realmente era. Eu ainda estava na faculdade e não possuía qualquer experiência em uma função gerencial.
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Lição 2
Resolvi tentar cargos mais baixos, mas mesmo assim sofria após um grande envio de currículos, pois não recebia as ligações que desejava. Era inevitável não se deprimir.
Mesmo com poucas oportunidades aparecendo, comecei a ser chamado para uma ou outra entrevista, mas era só isso e mais nada.
Após uma entrevista, as longas semanas que se passavam aguardando um contato eram torturantes.
Percebi que estava fracassando nas entrevistas. Mas o que eu deviria fazer então?
Já não buscava mais cargos de nível gerencial e mesmo assim não passava em entrevistas de emprego para cargos de nível operacional.
Perguntei a mim mesmo mais uma vez:
- Estou na profissão errada?
- Não há uma crise revelada e por que mesmo assim não consigo uma oportunidade?
Mesmo com poucos recursos, usei umas reservas financeiras para pagar por um serviço de orientação profissional com uma psicóloga.
A conclusão foi que eu estava na profissão correta e o setor comercial era o mais apropriado para o meu perfil.
Foi então que reformulei meu currículo e parti para uma busca específica direcionando meu currículo para vagas da área comercial.
No final de 2004 eu estava com 24 anos e me formando em administração de empresas.
2005 A 2006 – VOO E TURBULÊNCIAS
Em maio de 2005 fui demitido e meu esforço por uma oportunidade melhor na carreira ficou ainda mais carregado de tensão. Não tinha outra opção senão decolar.
Como já estava treinado em processos seletivos, já sabia como manejar e direcionar currículo para cada vaga.
Dois meses depois de demitido consegui passar em um processo seletivo para o cargo de executivo de vendas da XEROX do Brasil.
As primeiras turbulências vieram quando a empresa resolveu alterar o sistema de remuneração e comissão para evitar problemas trabalhistas, isso inviabilizou totalmente o trabalho de vendas.
Vendedores são motivados por resultados financeiros. Produtividade em vendas significa que o esforço deve ser proporcional ao ganho e nunca menor.
Resolvi que não dava para seguir viagem, em julho de 2006 pedi demissão da XEROX e reiniciei minha busca por uma nova oportunidade.
Distribui currículos de forma seletiva, participei de diversas entrevistas (algumas até recusei a oportunidade), participei de algumas dinâmicas de grupo e enfim depois de três meses estava novamente empregado.
Lição 3
Em outubro de 2006 fui contrato pela VONDER, uma excelente empresa do ramo de ferramentas com sede no estado do Paraná.
A atividade consistia em fazer prospecção e venda em clientes atacadistas de material de construção.
Viajava para vários lugares do Brasil participando de feiras e estava em contato com uma imensidão de oportunidades de trabalho, me sentia feliz e realizado.
Depois de um determinado tempo, as viagens constantes se tornaram muito desgastantes e com o excesso delas o estresse chegou e foi então que me vi diante dos seguintes problemas:
Minhas finanças estavam uma bagunça:
▫Gastava mais dinheiro do que ganhava;
▫Estava com dívidas que não paravam de aumentar;
▫Não conseguia organizar o fluxo de caixa necessário para o giro do trabalho de vendas;
▫Os problemas financeiros começaram a interferir nas minhas vendas.
Minha saúde não andava nada bem:
▫Estava com sobrepeso, pesava 104 quilos (hoje tenho 82kg);
▫Dormia muito mal;
▫Sentia dores pelo corpo todo;
▫Comecei a sentir pânico em viajar por ter visto tanto acidente feio e tanta gente morta, a cada curva o coração acelerava;
▫Acordava como se não tivesse dormido.
Minha família estava em risco:
▫Não tinha tempo para minha família;
▫Minha esposa que estava iniciando sua carreira, como profissional autônoma, e ficava muito tempo sozinha;
▫Não tinha dinheiro para aproveitar curtir;
▫O resultado: brigas e estresses.
Diante dos problemas que eu enfrentava, no final de 2007 decidi interromper o “plano de voo” da minha carreira mais uma vez e fazer as manutenções necessárias para voltar ao do mercado de trabalho.
2008 a 2009 – NO HANGAR
Em julho de 2008 pedi para ser demitido e passei a fazer parte das estatísticas de desempregados brasileiros.
Pensei empreender em diversos seguimentos de negócio: restaurante, lanchonete, lan-house, franquia, etc.
Pensei em mudar de carreira, fazer direito, contabilidade ou história, no entanto, minha família dependia de mim, ou seja, não dava para eu me dar ao luxo de ficar mais 4 anos num banco de universidade.
Depois das lições aprendidas tomei a seguinte decisão: eu iria parar e refletir sobre o que faria sentido na minha vida e só então, depois de uma análise profunda, reformular as minhas perspectivas de carreira.
Desta análise, conclui que:
- A família e meu casamento eram prioridades;
- Não fazia sentido perder a saúde para ganhar dinheiro e gastar dinheiro para recuperar a saúde;
- Administração era o curso que eu amava, era eu que precisava me reencontrar no universo de possibilidades que a carreira de administrador oferecia;
- Montar um negócio dependeria de investimento que não possuía naquele momento;
- Concurso público era a última coisa que eu queria fazer na vida, mas se eu passasse em um certame eu teria mais tempo livre para família e para cuidar da minha saúde.
- Como ainda morava de aluguel, se me tornasse funcionário público seria mais fácil atingir o tão sonhado objetivo da maioria dos brasileiros, a casa própria e uma relativa “estabilidade”.
- A única coisa que eu tinha certeza era que não queria mais aquela vida de estresse e de infelicidade.
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Lição 4
As notícias da época davam conta que a Policia Militar faria um grande concurso com 1300 vagas, e com base em minha reflexão decidi então virar funcionário público.
Montei um plano de estudos, comecei a frequentar a biblioteca da UFES e iniciei os treinos para o teste físico.
Meu desempenho no concurso da Policia Militar não foi como eu esperava, não fiquei entre o número de vagas, mas prossegui no processo seletivo, depois fui reprovado nas fases posteriores e não cheguei ao teste físico.
Continuei estudando e enquanto estudava comecei a ajudar algumas pessoas que estavam procurando emprego, fui fazendo alguns “bicos” formatando e elaborando currículos.
Foi neste momento que nasceu a ideia de criação de um site. Na possibilidade de não passar em nenhum concurso, comecei a tomar algumas inciativas para não ser pego de surpresa, osite foi uma delas.
O Portal de Trabalho nasceu em 2008 quando eu ainda estava desempregado, minha esposa que estava iniciando a carreira de fisioterapeuta bancava sozinha as despesas da família.
O portal foi montado e pensado inicialmente para ser um centro que reunisse vagas de emprego, anúncios de currículos, cursos sobre planejamento de carreira, currículo e mercado de trabalho.
Como meus recursos financeiros eram escassos, e o meu tempo que na sua maioria era dedicado aos estudos, fui tocando o site da maneira que eu podia.
2010 e 2011 – PREPARANDO PARA UM NOVO VOO
Em 2009 saiu minha primeira aprovação em concurso público, fui aprovado em um concurso da Secretaria de Justiça para agente penitenciário. Nada a ver com meu projeto de voo, mas era isso ou nada.
Aproveitei a oportunidade e como a escala de trabalho era de 24 por 72 (trabalha 24h e descansa 72h) aproveitei essas horas para estudar mais.
O ano de 2010 fiz vários concursos para Administrador fui bem classificado e em alguns em outros nem tanto, mas sabia que a aprovação era uma questão de tempo.
No concurso do DETRAN|ES eu fiquei em uma boa colocação (décimo oitavo lugar de 14 vagas no total) e em 19 de outubro de 2011, no dia do meu aniversário fui nomeado.
2012 a 2015 – O VOO DO APRENDIZADO
Os anos que seguiram a 2012 foram os melhores de toda a minha carreira, não quis saber de especialização, mestrado e nem doutorado.
Estava sedento por aplicar os conceitos de administração e dei tudo de mim neste sentido, para mim a prática seria muito mais rica do que qualquer curso.
Além disso, a oportunidade de me descobrir como administrador foi e tem sido extremamente gratificante.
Como administrador nestes quase 5 anos no DETRAN|ES, sempre carreguei a certeza de nunca ter sido omisso à minha obrigação enquanto administrador, busquei ser o melhor diante a benção de poder receber um salário para fazer o que amo.
Conduzi importantes projetos, trabalhei na implementação de importantes iniciativas e aprendi bastante.
No DETRAN conheci o Fabiano Hilário, administrador que também passou no concurso que eu fiz (A história dele contamos em uma outra hora). Juntos resolvemos investir mais ainda no site, reformulamos o portal, realinhamos nossos planos de voos para alcançarmos grandes sonhos. E aí surgiu o TopAdministrador.com.
Lição 5
Nossa ideia de expandir o portal e o seu potencial de interlocução com os quase 10 milhões de brasileiros desempregados se deu em função da oportunidade de fazer algo que nos faça feliz e ao mesmo tempo conseguir auxiliar outras pessoas a serem felizes também.
Quantos pais de família hoje estão desesperados e sequer possuem recursos para se orientarem em meio a esta guerra por uma oportunidade de emprego?
Quantas pessoas hoje estão necessitadas de um conteúdo capaz de ajudá-las a elaborar um currículo?
Queremos ser uma espécie de bússola aos pilotos e copilotos em voos, decolagens e pousos.
Nossa proposta é fazer com que as pessoas entendam que o mercado de trabalho é seletivo e focado no lucro, só os melhores são selecionados, por isso a importância de reavaliações constantes e de um bom planejamento de carreira.
Não esse planejamento carregado de conceitos e maquiagem “Business” que se vê por ai.
Um planejamento simples, pensado para que todas as pessoas possam ter acesso. Um planejamento baseado em perguntas do tipo: O quê? Por quê? Como? Quando? Onde? Quanto?
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Lição 6
Apostamos que respondendo estas perguntas antes de sair para buscar um emprego as pessoas serão mais felizes.
Queremos levar o nosso leitor a questionar se não é o momento para um pouso forçado ou o caso de uma medida mais drástica como de abandonar a aeronave e saltar de paraquedas.
Nem sempre será possível viver a plenitude do voo o tempo todo, às vezes passamos por turbulências e tempestades e por isso é preciso realinhar a rota de voo, outras vezes é preciso pousar e até mesmo ficar parado no hangar para termos a clareza de onde queremos chegar (felicidade).
Defendemos a ideia de que este questionamento reflexivo é um momento importante na vida de todo profissional.
Para fazer uma reflexão sobre sua vida ou carreira dê uma lida nesse artigo: como analisar as habilidades de um administrador utilizando uma super ferramenta de autoconhecimento. Você pode utilizar uma outra ferramenta que construímos . A ferramenta de autoanálise da caminhada profissional. Clique aqui para baixar autoanalise da caminhada profissional.
Lição 7
E, é por isso que a proposta de valor do nosso site é a de ajudar pessoas desempregadas ou empregadas a alcançarem uma mudança de vida para melhor em suas carreiras profissionais ou ir em busca da felicidade em outra carreira.
Sou o exemplo vivo desta busca pela felicidade.
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Recomendo a leitura deste artigo para entender melhor sobre O que é coaching, quais seus benefícios e o que ele pode fazer pela sua carreira de administrador.
Um grande abraço e seja o melhor gestor de si mesmo.