Meu chefe não tem o conhecimento que deveria para me chefiar: todo mundo já deve ter pensado isso algum dia.
A imagem acima expressa seu sentimento em relação ao seu chefe?
Te compreendo, você é um administrador ou administradora e seu chefe não.
Você valoriza o clima organizacional e ele(a) somente o resultado financeiro.
Enfim, eu ficaria por horas e horas destacando uma Infinidade de coisas que cada um valoriza e busca.
O fato é que sempre haverá diferenças de objetivos e, naturalmente, ocorrerá problemas, sobretudo se você tiver a formação em administração e seu (sua) chefe não.
Como ocorre na prática?
Uma pesquisa recente realizada na Grande Vitória, região metropolitana do Espírito Santo, por uma faculdade, apontou que 20% das pessoas disseram não gostar do seu chefe.
Os principais motivos apontados foram:
- Meu chefe não tem o conhecimento que deveria para me chefiar, com 32% das respostas;
- Meu chefe não é justo comigo, com 27% das respostas;
- Meu chefe é exigente demais comigo, com 26%;
- Meu chefe me trata mal, com 12%.
O problema não está exatamente no fato de gostar ou não da pessoa que apenas está como seu superior, hierarquicamente falando é claro.
O problema é o que pode acontecer a partir da insatisfação com a chefia.
Como resultado dessa insatisfação podem ocorrer fofocas, discussões e até crimes contra a honra tipificados pelo nosso código penal: Calúnia (art. 138); Difamação (art. 139) e Injúria (art. 140).
Prova disso é que a mesma pesquisa mostrou que, ao menos, 8% da população da Grande Vitória já prejudicou um colega de trabalho para crescer profissionalmente.
Bom, se considerarmos a alta probabilidade das pessoas mentirem sobre sobre terem ou não prejudicado um colega para crescer profissionalmente, esse percentual de 8% pode ser ainda maior.
Portanto, é preciso atenção e cuidado para não cair nas armadilhas dos relacionamentos de trabalho.
Qual o proceder adequando segundo o Código de Ética do Administrador?
No Código de Ética do profissional da Administração, veremos que existe um capítulo especialmente dedicado a relação com colegas de trabalho, e é claro, isso inclui os chefes.
O artigo 8º estabelece claramente como deve ser a conduta do profissional:
Talvez você esteja se perguntando:
Se meu (minha) chefe não é administrador, se não possui nenhuma formação superior, devo respeita-lo assim mesmo, conforme estabelece o código de ética?
A resposta você pode facilmente deduzir:
Sim! você deve trata-lo tão bem quanto trataria um administrador.
E porque? Porque seu (sua) chefe é um profissional investido com poderes de administrador.
E ainda que não seja um profissional com formação superior, cabe a você a aplicação do código de ética.
Infelizmente esse é um drama vivido por todos os profissionais de administração.
Cabe a cada um de nós defender a profissão exigindo que os conselhos federais e regionais tomem providências para que a ciência da administração seja levada mais a sério.
Afinal, se medicina é para médicos, advocacia é para advogados, naturalmente, administração é para administradores. Pensemos nisso.
Espero que tenha gostado, confira em nosso blog uma série de outros artigos sobre ética.
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Um forte abraço,
Adm. Jadir Tosta Junior